Conheça histórias de cães que enfrentaram bandidos, rivais ferozes e alertaram sobre situações emergenciais.
Por Gabriella Furquim
Do Correio Braziliense
Eles soltam pelo, podem ter pulga e carrapato, comem os sapatos, destroem as plantas, fazem xixi fora do lugar. Mas, em momentos de perigo, os cães podem ser verdadeiros anjos da guarda.
No Distrito Federal, diversos casos emocionantes confirmam a máxima de que eles podem mesmo ser os nossos melhores amigos.
Há pouco mais de uma semana, a cadela Brisa, da raça labrador, alertou a família do pequeno Samuel Mangeroti, 4 anos, que ele havia caído na piscina.
A labradora Brisa ganhou diploma do Corpo de Bombeiros e tratamento VIP no pet shop: orgulho da família
(Foto: Janine Moraes/CB/D.A Press ).
No início deste ano, um vira-lata morador das ruas de Ceilândia enfrentou um pit bull que invadiu a casa de Francisca Lima e avançou nas crianças que brincavam no quintal. O animal ficou muito machucado, mas acabou adotado pela família e ganhou carinho e tratamento. Em 2012, o também vira-lata Rec salvou a dona, Isabel de Oliveira, 43, de um estupro dentro da própria casa. O bicho intimidou o criminoso, que acabou preso.A brincalhona Brisa virou estrela desde que salvou a vida do garoto de 4 anos, que não sabia nadar e caiu na piscina de um casa no Setor de Mansões de Sobradinho.
“Ela ganhou um certificado de salvamento do Corpo de Bombeiros, tratamento VIP no pet shop e até uma bola nova”, conta a dona, a botânica Patrícia Monah Cunha Gomes, 27 anos.
De acordo com a família, foi a fixação da cadela com o brinquedo que evitou uma tragédia. “O Samuel estava lá fora brincando com ela. Ele disse que jogou a bola na água e ela pegou. Depois, foi se aproximar, escorregou e caiu. Acho que a Brisa foi até a cozinha procurando alguém para jogar a bola de novo. Foi assim que percebemos que ele poderia estar dentro da piscina”, conta Patrícia, que é tia do menino.
A família encontrou a criança sem pulso. “Foi um desespero muito grande. Eu liguei para os bombeiros e a médica nos orientou a fazer massagem cardíaca, respiração boca a boca até a chegada do socorro”, contou a tia. Samuel seguiu de helicóptero para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
Ele teve alta três dias depois.
“O primeiro pedido dele foi por aulas de natação”, revela. Samuel voltou logo depois para Belo Horizonte, cidade onde mora. A família veio a Brasília no feriado para participar de um casamento.
Dona da Brisa, Patrícia está orgulhosa. “Eu a comprei logo que casei. Durante 17 anos, tive uma cadela chamada Brisa, que foi muito importante para mim. Decidi batizar a labradora com o mesmo nome, sabia que também seria especial.”
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