São 300 cães de idades e raças diferentes convivendo em harmonia.
Apesar de ser um atrativo, proprietária precisa de ajuda.
João Phelipe SoaresDo G1 Região dos Lagos
(Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal) |
A triste realidade dos cachorros abandonados em Saquarema, no interior do Rio de Janeiro, fez com que a advogada Isabel Ruliere, de 52 anos, tomasse uma decisão que mudaria a sua vida. Ela começou a recolher os cachorros e depois decidiu criar uma ONG. E já são 13 anos de dedicação a ''S.O.S Cãopanheiros'', localizada no bairro Boqueirão.
"Eu não moro aqui na cidade, mas tenho casa aqui há 27 anos e frequento o município desde então. Daí eu notei que tinham muitos animais abandonados pelas ruas e comecei a acolher um por um. Quando vi que eu já estava com 17 cachorros em casa, decidí abrir a ONG e divulguei o trabalho entre os moradores para ter ajuda", relembrou Isabel.
Hoje, o exercício da advocacia se limita aos casos da própria família. Atendimento mesmo, só ao público canino. Atualmente, a ONG abriga animais de diversas raças e idade e todos convivem em perfeita harmonia, segundo a proprietária. Dar conta de tantos cães é uma tarefa 'osso duro de roer', mas Isabel já conseguiu castrar todos os animais.
''Levamos dois dias pra dar banho, levamos todos eles juntos para correr pela rua e ainda mantemos a higiene do local. Tudo isso com a ajuda de voluntários, além dos três funcionários", explicou a advogada.
(Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal) |
Os animais precisam de ajuda
Muito além da diversão, apesar de todo o trabalho, Isabel Ruliere conta com o apoio da Prefeitura de Saquarema com a doação de uma verba destinada para a compra de medicamentos e ração, além da doação de alguns sócios, mas é preciso mais.
(Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal) |
"O consumo diário de ração é de 125 quilos, tenho que pagar os funcionários, comprar remédios, levar os animais nos veterinários e pagar impostos. Por mês, eu tenho um gasto de cerca de 14 mil reais, isso porque eu também tiro dinheiro do meu bolso e conto com ajuda".
Com a grande quantidade de cachorros na casa (300), Isabel não tem condições de buscar nenhum animal pelas ruas, e aceita apenas aqueles que estão com a saúde debilitada.
"Não posso mais procurar nenhum cãozinho, mas também não recuso quando aparece algum que esteja muito doente, que foi atropelado etc. Não posso abandoná-los", disse.
Apesar das dificuldades, a ONG é um sucesso na cidade, de acordo com a fundadora. E, assim como as portas não se fecham para a chegada de mais um cachorro, elas também estão abertas para a visitação do público. Quem quiser contribuir com algum valor, basta entrar em contato pelo site da organização e retribuir o carinho que o ''melhor amigo do homem'' está sempre pronto para oferecer.
(Foto: Isabel Ruliere / Arquivo pessoal) |
Kd o endereço da Ong???
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