Na próxima quarta-feira (23/10), vem a Brasília a campanha Liberte-se da Crueldade - Brasil, com o objetivo de convencer o governo a intervir nos testes de produtos e ingredientes cosméticos em animais
Por: Camila Costa
Étore Medeiros e
Gabriella Furquim
do Correio Braziliense
Ativista retira cachorro das instalações do Instituto Royal, em São Roque (SP): segundo o grupo de proteção aos direitos dos animais, ação foi motivada por supostos maus-tratos (Avener Prado/Folhapress)
A retirada de mais de 100 cachorros da raça beagle, na madrugada de sexta-feira (18/10), das instalações do Instituto Royal, em São Roque (SP), acendeu o debate sobre o uso de animais em experimentos científicos. A ação foi protagonizada por dezenas de ativistas de proteção aos direitos dos animais e motivada por supostos maus-tratos sofridos pelos cães. Ao longo da última semana, pessoas chegaram a se acorrentar aos portões da empresa para protestar. A invasão, ou o “resgate”, como chamam os militantes, aconteceu após circularem boatos da proximidade de um grande sacrifício dos beagles.
Na próxima quarta-feira (23/10), vem a Brasília a campanha Liberte-se da Crueldade — Brasil, com o objetivo de convencer o governo a intervir nos testes de produtos e ingredientes cosméticos em animais.
A mobilização é coordenada pela Humane Society International (HSI) e, no Distrito Federal, terá a participação da Associação Protetora dos Animais do DF (ProAnima) e de frentes parlamentares do Congresso Nacional. “Eliminá-los (os experimentos com bichos) e fazer uma transição para métodos sem animais é um ganho para eles, os consumidores e a ciência”, explica o gerente da campanha no Brasil, Helder Constantino.
Os cães da raça Beagle são mantidos presos e utilizados como experimentos no Instituto Royal, em São Roque (SP). Foto: Avener Prado/Folhapress.
O Instituto Royal realiza testes para a fabricação de medicamentos e, embora esteja dentro da legalidade para o uso científico de animais, é alvo de uma investigação do Ministério Público de São Roque desde 2012. “Na quarta-feira, eu me reuni com os manifestantes, expliquei a investigação, pedi encarecidamente que não invadissem o instituto, não só por ser irregular e ilegal, mas pelo dano à investigação. A comprovação, as provas materiais, devem ser feitas no animais, que eu não tenho mais”, lamenta o promotor Wilson Velasco Júnior.
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