Animais Atingidos pelas Inundações no Acre

No último dia 11 de março, além da cidade de Rio Branco, a WSPA esteve também no município de Brasiléia, onde 95% da área urbana e mais de 6 mil pessoas foram afetadas pelas cheias.

Lá, a organização distribuiu ração para cães e gatos, além de oferecer atendimento veterinário aos animais levados ao posto de atendimento, montado com o apoio da ONG Veterinários na Estrada, organizações locais, voluntários do CCZ de Rio Branco e oficiais do exército local e do BOPE. A WSPA concluiu, assim, as ações no Estado, que puderam beneficiar mais de 800 animais nas duas cidades mais afetadas pelas enchentes no Acre.

A WSPA começa nesta quinta-feira, dia 08/03, a distribuição de ração e medicamentos em Rio Branco (Acre) para ajuda aos animais vítimas das enchentes, que atingiram milhares de famílias na região e deixaram centenas de animais em abrigos provisórios. A equipe de Gerenciamento de Desastres da WSPA iniciará uma intervenção para ajudar na alimentação e cuidados veterinários aos animais diretamente afetados.

A organização adquiriu medicamentos como antibióticos, vermífugos, antipulgas e sprays repelentes, e duas toneladas de ração animal que serão distribuídas para cães, gatos e aves de criação (galinhas e patos) ao longo dos próximos dias.

Os suprimentos serão entregues ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rio Branco, que hoje abriga mais de 700 animais (cães e gatos), e a dois abrigos provisórios que ainda mantêm animais. Os locais foram viabilizados pela própria prefeitura de Boa Vista e estão sob os cuidados da Diretora do CCZ, a Dra. Micheline Dantas Oliveira.

Plano de emergência já existia, porém foi insuficiente
Segundo informações do CCZ, a prefeitura local já contava com um plano de evacuação e emergência para os casos de cheias do rio: quando acontece, as famílias próximas às margens são removidas, e os seus animais encaminhados ao CCZ, onde são identificados e cuidados até que possam retornar aos seus lares. Porém, dadas as proporções das enchentes e apesar de todo o preparo, este ano todas as ações preventivas foram insuficientes, e o número de animais muito alto.

A tragédia colocou as cidades de Rio Branco e Brasiléia em estado de calamidade pública. “Os animais, assim como os seus donos, também perderam os seus lares. Porém,  mesmo com toda a boa vontade e esforços do CCZ que abrigou os animais e dos voluntários, os recursos ainda são escassos. Esperamos suprir as necessidades imediatas dos animais, e queremos ajudar o CCZ na continuidade deste maravilhoso trabalho, ajudando-os também na manutenção dos animais no médio e longo prazo sem comprometer o bem-estar dos mesmos”, afirmou Rosângela Ribeiro, Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil.

No momento, voluntários de outras organizações de proteção animal estão atuando para oferecer atendimento veterinário aos animais recolhidos, como é o caso da Dra. Amélia Oliveira e sua equipe, da ONG Veterinários na Estrada.